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A geração do canal de crescimento foi feita com base nas orientações do Departamento de Nutrologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), publicadas no Manual de avaliação nutricional 2a edição – Atualizada – 2021.

De acordo com esse documento, as estaturas-alvo de crianças dos sexos feminino e masculino podem ser calculadas pelas fórmulas:
Meninos: (estatura do pai + estatura da mãe + 13) / 2
Meninas: (estatura da mãe + estatura do pai -13) / 2

O resultado desse cálculo indica a estatura alvo. Considerando-se possíveis variações da normalidade, a esse resultado são subtraídos e somados 5 cm. Isso permite a criação de uma faixa de normalidade que chamamos de canal familiar de crescimento, definido como a estatura alvo aos 19 anos de idade (calculada pela fórmula acima) ± 5 cm.

As estaturas alvo obtidas são plotadas na curva de estatura (gênero-específica) aos 19 anos de idade, obtendo os escores-z mínimo e máximo. A partir desses valores, são traçadas as curvas de escore-z mínimo e máximo retroativas, permitindo-se a geração do canal familiar esperado para o crescimento entre 2 e 19 anos de idade.

Alguns autores sugerem que o canal familiar de crescimento seja criado utilizando-se valores diferentes, por exemplo ± 9 cm ou ± 10 cm. A utilização de ± 5 cm, conforme sugerido pela SBP, determina maior sensibilidade para detecção de baixa estatura, o que significa que mais crianças serão triadas. A ideia é justamente aumentar a sensibilidade, para que o profissional possa encontrar aquelas com maior risco de baixa estatura e procederem a uma avaliação mais detalhada.


Referências Bibliográficas

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Manual de avaliação nutricional 2a Edição – Atualizada - 2021/ Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Nutrologia. São Paulo: SBP. 2021. 120 p.

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